segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um Adeus especial...

Demorei né amigos, mas voltei, estava me refazendo de uma pá de coisas que me aconteceram nesta virada de ano, hoje me sinto forte para escrever. E gostaria de dizer que no dia 10/01/2012 todos da minha família demos um "ADEUS ESPECIAL" a uma pessoa que foi importante na nossa vida, minha vó materna MARLY DE LOURDES ROSA.  A minha vozinha foi uma mulher guerreira, ela não conheceu os pais, foi criada em um orfanato na cidade de São Paulo, veio para BH, casou-se teve 6 filhos e perdeu dois deles ainda recém nascidos para a fome. Lutou, muito para criar os outros uma vez que meu avô, com quem eu pouco tive contato, se eu vi meu avô 05 vezes na minha existência toda até o desencarne dele foi muito, mas me lembro que ele me deu meu BAMBA azul marinho e também lembro que a primeira vez que comi canjica doce com queijo foi ele quem fez, é isso mesmo me lembro de 03 encontros com ele, o dia do bamba, um reveillon que passamos na casa dele com a outra esposa e seus filhos que sinceramente não conheço mais estes tios que tenho e o dia da canjica. Não me lembro de qualquer outro encontro e isso nussa eu era jovem muito jovem devia ter menos de 10 anos de idade. Pois bem voltando a minha vozinha, meu avó a expulsou da casa que ela o ajudou a construir, desde então ela morou de alguel, era cozinheira, foi durante anos cozinheira num dos restaurantes mais conceituados de BH o TOM CHOPPIN (acho que é assim que se escreve) depois foi para outros restaurantes, casa de familia, até que se aposentou.. Ela infelizmente não conseguiu aceitar e nem perdoar as pessoas ao seu redor, não deixava que a família se aproximasse muito, e sim. minha família é toda distanciada e complicada e não que isso seja culpa dela somos grandinhos e responsáveis pelos nossos atos e nós mesmo fomos nos distanciando. O que nenhum de nós aceitou é que a culpa não era só dela, era nossa por não saber compreende-la e não sabermos dar o carinho que ela nunca teve. Sim, isso mesmo, ela se sentiu rejeitada por crescer num orfanato, se sentiu rejeitada e traida pelo marido e sentiu deixada de lado pelos filhos e netos que nunca souberam ouvi-la sem discutir, sem compreender que tudo que ela precisava era desabafar. Ela cometeu falhas e nós também falhamos com ela. Ela um dia em que estava meio lucida disse que perdoava a todos, e sinceramente eu acredito que todos nós também a perdoamos e pedimos perdão.
Sim ela foi uma mulher guerreira, cheia de falhas e que queria muito carinho. Nós só entendemos e lhe demos esse carinho no fim, e sinceramente todos nós nos reunimos no dia do seu velório para lhe desejar uma boa partida e uma maravilhosa chegada no plano espiritual, sendo amparada e guiada pelos espíritos de luz.
A minha vozinha foi -se nos deixando aqui no plano material, e eu tenho certeza que ainda vamos nos encontrar no plano espiritual e todos nós vamos estar evoluídos o suficiente para um grande abraço.

" ADEUS VOZINHA, SEJE MUITO BEM RECEBIDA PELOS ESPIRITOS DE LUZ NO PLANO ESPIRITUAL, QUE ELES TE ORIENTEM E GUIEM LHE DANDO O CONFORTO QUE VOCÊ MERECE "

Fica aqui a minha despedido especial a você e a minha humilde homengem.

De sua neta que não lhe compreendeu quando você quis ser compreendida, mas que entendeu a tempo suficiente que a errada era ela e assim fez o melhor que pode para lhe dar um pouco de crinho.
Com amor, fique bem  "LANE"

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O farol



O farol
Em meio ao mar, surge a construção de pedras, solene. É um farol, destinado a orientar o rumo dos viajores, nas noites escuras.
Quem quer que viaje em alto mar se sente seguro quando, em meio à escuridão, vê surgir o farol.
Ele está lá para servir, para advertir, para salvar.
A sua luz se projeta a distâncias enormes e, espancando a escuridão,  permite que os que navegam possam perceber a proximidade dos recifes, os perigos imersos na noite.
O mar investe contra ele, noite e dia. Lança sobre ele as suas ondas, com furor. Vagas enormes lambem as pedras que se erguem, majestosas.
No fluxo e refluxo das ondas, o farol continua a iluminar, imperturbável.
Seu objetivo é servir. Noite após noite, ele estende a sua luz. Não se incomoda com os continuados e perigosos golpes que o mar lhe desfere.
Se, em algumas noites, ninguém se aproxima, desejando a sua orientação, também não se perturba.
Solitário, ele lança sua luminosidade, sem se preocupar com o isolamento.
Ele continua a postos para qualquer eventualidade, quando a necessidade surja, quando alguém precise dele.
*   *   *
No mar das experiências em que nos encontramos, aprendamos a trabalhar e cooperar, sem desânimo.
Permaneçamos sempre a postos, prontos a estender as mãos a quem necessite. Poderá ser um amigo, um irmão ou simplesmente alguém a quem nunca vimos.
Com certeza não solucionaremos todos os problemas do mundo. No entanto, podemos contribuir para que isso aconteça.
Se não podemos impedir a guerra, temos recursos para evitar as discussões perturbadoras que nos alcançam.
Se não conseguimos alimentar a multidão esfaimada, podemos oferecer o pão generoso para alguém.
Se não dispomos de saúde para doar aos enfermos, podemos socorrer alguém que sofre dores, oferecendo a medicação devida. Talvez possamos ser o intermediário entre o doente e o hospital, facilitando-lhe o internamento.
Se não podemos resolver a questão do analfabetismo, podemos criar condições propícias para que alguém tenha acesso à escola.
Mais do que isso. Podemos nos interessar pelos filhos dos que nos servem, buscando saber se não lhes faltam cadernos e livros, para a continuidade dos estudos básicos.
Enfim, o importante é continuarmos a fazer a nossa parte, contribuindo com a claridade que possamos projetar, por mínima que seja.
Imitemos o farol em pleno mar. Aprendamos a fazer luz.
*   *   *
A maior glória da alma que deseja ser feliz é transformar-se em luz na estrada de alguém.
O raio de luz penetra a furna, levando claridade. Estende-se sobre o vale sombrio e desata o verdor da paisagem.
Atinge a gota d'água e a transforma em um diamante finíssimo.
Viaja pelo ar e aquece as vidas.
Como a luz, podemos desfazer sombras nos corações e drenar pântanos nas almas. Podemos refazer esperanças e projetar alegrias.
Enfim, como raios de luz espalhemos brilho e calor, beleza, harmonia e segurança.

Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 19 e 20, do livro Rosângela, pelo Espírito homônimo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 17.01.2012.

"seja você o farol a iluminar a vida daqueles que precisam"